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Contextualização Histórica

 

 

A levodopa foi sintetizada em laboratório no ano de 1911, contudo apenas foi introduzida na terapêutica da DP em 1970, ano em que foi aprovada pela FDA (Food and Drug Administration) (1, 2). De facto, o trabalho realizado pelo cientista sueco Arvid Carlsson, em 1950, que demonstrou pela primeira vez que a administração deste fármaco a animais com sintomas parkinsónicos causava a redução dos mesmos, foi merecedor da atribuição de um prémio Nobel em  2000.

O uso desta substância no tratamento da DP (doença neurodegenerativa caracterizada por tremores, lentificação do movimento e rigidez muscular)  foi testado por Sano e colaboradores no Japão em 1960, por Hornykiewicz na Áustria em 1961, e por Barbeau e colaboradores no Canadá em 1962 (2). Em 1975, foi demonstrada a eficácia da levodopa como suplemento na deficiência em dopamina característica da DP, sendo este fármaco utilizado há já mais de 40 anos.

Em 2001, William S. Knowles foi premiado com um quarto do prémio Nobel da Química devido ao trabalho desenvolvido na sintese do L-DOPA.

Ainda que não comercializada isoladamente, a levodopa é atualmente o fármaco mais efetivo no tratamento da DP. No entanto, a sua utilização crónica pode conduzir a efeitos secundários indesejáveis (3) e toxicidade.

 

Figura 1. William S. Knowles, envolvido na síntese do L-DOPA.

(1) Hauser RA. Levodopa: past, present, and future. European neurology. 2009;62(1):1-8.

(2) Toshiharu Nagatsu MS. L-dopa therapy for Parkinson’s disease: Past, present, and future. Parkinsonism and Related Disorders. 2009;15(1):S3-S8.

(3) Huot P. L-DOPA-induced dyskinesia, is striatal dopamine depletion a requisite? Journal of the neurological sciences. 2015;351(1-2):9-12.

O milagre do Parkinson

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